sábado, 8 de dezembro de 2012

O Nakba Israelense - Marcos Gorinstein



No último dia 29 a ONU aprovou com uma maioria absoluta o status da Palestina como membro observador da entidade. 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções. Interessante notar é que essa foi a segunda vez que a ONU aprovou a criação de um Estado Palestino.

Da primeira vez, no mesmo dia só que em 1947, a partilha do território Palestino definia 2 estados, um judeu e um árabe, e o fim do mandato Britânico. O dia 14 de maio de 1948 pode ser narrado de três formas diferentes. Os Britânicos estavam aliviados por estarem se livrando de uma bomba que estava explodindo, os judeus entendem como um dia de festa, porque significava a construção de um Estado onde poderiam ser livres. Para a narrativa  palestina, o dia é narrado como uma tragédia, A Tragédia, ou Nakba.

Algumas décadas mais tarde Israel constrói mais um laço entre os Israelenses e Palestinos. Além da terra, que mesmo sem o Estado Palestino já era compartilhada, agora também compartilhamos o Nakba, A Tragédia.

Não no mesmo sentido que os Palestinos narram, da perda do territorio, mas a Tragédia também é enorme do lado israelense. O governo de Netanyahu e Liberman são o Nakba de Israel. São a Tragédia para o sionismo, democracia, direitos humanos e liberdade.

O Nakba de Israel é um governo incapaz de perceber que a única solução para que o Estado de Israel continue sendo democrático é a criação do Estado Palestino. Para além disso, é também a incapacidade desse governo de perceber que também os Palestinos merecem o direito a autodeterminação em seu próprio território , e que este Estado faz parte do programa original do Movimento Sionista.

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