terça-feira, 20 de novembro de 2012

Queridos todos, guerra na tv e eu antes de ir estudar pensando. - Michel Gherman



Minha oposição a este governo de Israel vem de seu projeto político, com 3 pontos: uma ordem econômica que está recheada de desigualdades sociais e econômicas, perigosa deslegitimação de grupos internos da sociedade israelense (que pode apontar para uma estrutura autoritária) e também a incapacidade ideológica e estratégica de chegar a acordos com palestinos.

Agora, depois de mais de 1000 foguetes do Hamas, TODOS CONTRA ALVOS CIVIS ISRAELENSES (INCLUSIVE ALVOS COM POPULAÇÃO MAJORITARIAMENTE ÁRABE, COMO O CASO DE YAFO), penso que concentrar críticas ao governo de Israel e as suas últimas decisões, é um erro estratégico, esse "casamento", entre Bibi-Liberman e Hamas, tem que ser criticado dos dois lados. 

O Hamas tem um governo em Gaza, com perspectivas políticas claras: é um governo de um grupo fundamentalista, que tem como parte de sua estratégia, não somente o fim do Estado de Israel, mas a deslegitimação de grupos palestinos no interior de seu território.

Sabem, me lembrei disso quando vi agora a visita do presidente do Egito a Gaza, escutei o discurso de Ismail Haniyeh pedindo apoio do Fatah e dos palestinos da Cisjordânia. Me lembrei que apesar de eleito nos Territórios Palestinos em 2006, O Hamas deu um golpe sangrento em Gaza em 2007, onde matando vários de seus opositores do Fatah em Gaza, e expulsando outros conseguiu controle total de Gaza e o fez com alianças pontuais com grupos a sua direita, Sahalafitas e o Jihad Islamico Mundial.

As vítimas desses governos, no caso de Gaza, podem ser israelenses hoje, mas antes já foram outros e outras, em seu próprio território. Enfim, vejam que enquanto os foguetes caem aqui e lá, os coitados somos nós, Israelenses e Palestinos. Já os vencedores... por enquanto são eles.

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